Aconteceu-me o mesmo quando fui trabalhar para um call-center, e lá fiquei durante vários anos. Hoje em dia sou freelancer e trabalho a partir de casa naquilo que gosto. Há meses em que não sei se vou conseguir fazer dinheiro suficiente para pagar as contas e alimentar-me, mas tenho uma paz de espírito que nenhum dinheiro pode comprar.
O que sentes pode ser um sinal de que esse trabalho não é para ti. Há pessoas que têm vocação e uma personalidade que as fazem sentir-se realizadas nesses tipos de trabalhos. Mas não somos todos iguais. Eu preferia morrer a trabalhar em certos tipos de trabalhos e ambientes (sem querer desprestigiar nenhum, mas apenas querendo dizer que a minha personalidade não é compatível com eles). Se posso dar algum conselho, seria o de tentares arranjar outro trabalho e não deixares arrastar esse sentimento. Eu fi-lo, senti-me assim durante muito tempo, tive problemas de saúde, e garanto que há marcas que ficam. Para sempre.
Entendo mas eu, por exemplo, sou sempre extremamente correta e simpática para quem está atrás de um balcão, nomeadamente em cafés. Muitas vezes até espero para ser atendida em pé e levo a chávena de volta quando vou embora. No entanto, devo ter "azar" pois não noto muita simpatia ou empatia nestas pessoas que me atendem. Se calhar, sentem o mesmo que a autora do segredo, e eu entendo mas... quando a pessoa que estão a atender é simpática e prestável... podiam "retribuir"...
Sou uma das pessoas que está atrás do balcão... ou melhor, já estive. E percebo o que quer dizer e acredite, nós notamos a diferença, sabemos quem nos trata bem e mal, e ao fim do dia agradecemos a pessoas como você por ainda existirem... Quem está deste lado do balcão, se não é simpático ou não retribui, acredito que não seja por mal... Mas por falta de paciência, por estarmos cansados de "aturar" pessoas. Porque muitas vezes são tão simpáticos, como no minuto a seguir já nos crucificam na cruz. Já não confiamos na simpatia, sabemos que qualquer erro vai ser motivo de chatice, de nos humilharem e de nos tratarem mal. É uma simpatia dissimulada... chegamos a um ponto que já não sabemos distinguir, que já não acreditamos que ainda existe essa simpatia... E então entramos numa especie de modo automático, em que só queremos despachar as pessoas porque quanto menos lidarmos com elas, talvez, remotamente, cheguemos "bem" ao fim do trabalho. É assim que eu fiquei... mal, muito mal por ter de lidar com pessoas. Sei quem era simpático, mas a dada altura já nem isso importava. Só queria estar sossegada e que ninguém viesse para eu atender.
Ana Isabel: Sou quem escreveu o comentário. Obrigada pela sua resposta.
Também entendo tudo o que diz, e aceito. Contudo, quando a frequência num determinado café/pastelaria é frequente (passo a redundância), creio que poderia haver alguma simpatia, mesmo sem grandes conversas. Não sou dada a conversas, apenas sou simpática, correta e cordial. Não espero (nem quero) conversas, apenas um sorriso ou um atendimento mais dócil ou não ser ignorada como também, por vezes, acontece. E nunca me queixei ou fui antipática para com essas pessoas porque acho pavoroso trabalhar em atendimento na restauração, lojas de roupas, etc...
Normalmente as pessoas que criticam os outros, são pessoas que nada fazem e bem lá no fundo, gostariam de ser enfermeiro, ou engenheiro...enfim, invejosos.
É normal acontecer, as pessoas conseguem ser muito más com quem trabalha no atendimento ao público :(.
ResponderEliminarBlog: Life of Cherry
Aconteceu-me o mesmo quando fui trabalhar para um call-center, e lá fiquei durante vários anos. Hoje em dia sou freelancer e trabalho a partir de casa naquilo que gosto. Há meses em que não sei se vou conseguir fazer dinheiro suficiente para pagar as contas e alimentar-me, mas tenho uma paz de espírito que nenhum dinheiro pode comprar.
ResponderEliminarO que sentes pode ser um sinal de que esse trabalho não é para ti. Há pessoas que têm vocação e uma personalidade que as fazem sentir-se realizadas nesses tipos de trabalhos. Mas não somos todos iguais. Eu preferia morrer a trabalhar em certos tipos de trabalhos e ambientes (sem querer desprestigiar nenhum, mas apenas querendo dizer que a minha personalidade não é compatível com eles). Se posso dar algum conselho, seria o de tentares arranjar outro trabalho e não deixares arrastar esse sentimento. Eu fi-lo, senti-me assim durante muito tempo, tive problemas de saúde, e garanto que há marcas que ficam. Para sempre.
Entendo mas eu, por exemplo, sou sempre extremamente correta e simpática para quem está atrás de um balcão, nomeadamente em cafés.
ResponderEliminarMuitas vezes até espero para ser atendida em pé e levo a chávena de volta quando vou embora.
No entanto, devo ter "azar" pois não noto muita simpatia ou empatia nestas pessoas que me atendem.
Se calhar, sentem o mesmo que a autora do segredo, e eu entendo mas... quando a pessoa que estão a atender é simpática e prestável... podiam "retribuir"...
Sou uma das pessoas que está atrás do balcão... ou melhor, já estive. E percebo o que quer dizer e acredite, nós notamos a diferença, sabemos quem nos trata bem e mal, e ao fim do dia agradecemos a pessoas como você por ainda existirem... Quem está deste lado do balcão, se não é simpático ou não retribui, acredito que não seja por mal... Mas por falta de paciência, por estarmos cansados de "aturar" pessoas. Porque muitas vezes são tão simpáticos, como no minuto a seguir já nos crucificam na cruz. Já não confiamos na simpatia, sabemos que qualquer erro vai ser motivo de chatice, de nos humilharem e de nos tratarem mal. É uma simpatia dissimulada... chegamos a um ponto que já não sabemos distinguir, que já não acreditamos que ainda existe essa simpatia... E então entramos numa especie de modo automático, em que só queremos despachar as pessoas porque quanto menos lidarmos com elas, talvez, remotamente, cheguemos "bem" ao fim do trabalho.
EliminarÉ assim que eu fiquei... mal, muito mal por ter de lidar com pessoas. Sei quem era simpático, mas a dada altura já nem isso importava. Só queria estar sossegada e que ninguém viesse para eu atender.
Ana Isabel: Sou quem escreveu o comentário.
EliminarObrigada pela sua resposta.
Também entendo tudo o que diz, e aceito. Contudo, quando a frequência num determinado café/pastelaria é frequente (passo a redundância), creio que poderia haver alguma simpatia, mesmo sem grandes conversas.
Não sou dada a conversas, apenas sou simpática, correta e cordial. Não espero (nem quero) conversas, apenas um sorriso ou um atendimento mais dócil ou não ser ignorada como também, por vezes, acontece. E nunca me queixei ou fui antipática para com essas pessoas porque acho pavoroso trabalhar em atendimento na restauração, lojas de roupas, etc...
Bem-vind@ ao atendimento ao público. 🤦♀️
ResponderEliminarFaz-me lembrar aqueles e aquelas que querem ser tratados por Dr. Enfermeiro, Eng. Etc. Pedantes.
ResponderEliminarNormalmente as pessoas que criticam os outros, são pessoas que nada fazem e bem lá no fundo, gostariam de ser enfermeiro, ou engenheiro...enfim, invejosos.
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